quarta-feira, 6 de outubro de 2021

O retorno da Estereoscopia.


A história da estereoscopia é marcada por altos e baixos... Não pela técnica em si, mas no que diz respeito ao modismo e a sua exploração comercial.
Esta técnica fotográfica existe deste o século XIX, e nosso imperador D. Pedro II era um grande entusiasta da fotografia 3D.
Mais precisamente, tivemos três grandes momentos na história: No final do século XIX, nos anos 50 e entre os anos de 2008 e 2013 (com a popularização do cinema 3D e lançamentos de novas câmeras e produtos digitais). 

Acredito que durante todos estes períodos, explorou-se muito o lado comercial da técnica, porém poucos se interessaram em aprendê-la. Talvez por acharem um pouco complexa e com custo mais elevado.
Entretanto, a estereografia tem um efeito mágico de extrair um "Uau!" de todo aquele que contempla uma imagem estereoscópica de qualidade. Vale cada centavo do investimento, pois seus produtos são praticamente impossíveis de serem descartados, possuindo um alto valor agregado que segue por gerações.

Desde minha adolescência tenho contato com a estereoscopia, graças a influencia de meu irmão, um grande estudioso e entusiasta da técnica. Mais recentemente, resolvi explorar nosso conhecimento e lançar novos produtos e serviços, incluindo cursos e treinamentos.
Parte deste material pode ser explorado num site exclusivo sobre este assunto:

www.imagem3d.com.br

Lá poderá ser encontrado muito material de estudo e links para diversos sites internacionais especializados. Infelizmente, temos pouca coisa no Brasil e, por este fato, ele acaba de se tornar a melhor referência no assunto em língua portuguesa.
Vale conferir.


terça-feira, 6 de abril de 2021

A regulamentação da profissão de Marketing é aprovada na Câmara Federal desde 2017, mas...


Após aprovada na Câmara em 2017, e na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado em 2019, a proposta aguarda desde então a aprovação no Plenário do Senado.

No Brasil, ainda existem dezenas de profissões (algumas centenárias) que, apesar dos cursos existirem com a aprovação do MEC, ainda aguardam sua regulamentação. Infelizmente é um processo demorado, burocrático e nem sempre transparente, que envolve interesses dos mais diversos setores. Um exemplo clássico disso é a profissão centenária do Historiador, que só foi regulamentada neste ano de 2021 após um longo pleito de mais de 30 anos! Sem comentários...

Mas como nosso assunto é Marketing, segue o texto extraído do site Mundo do Marketing, na época da aprovação na Câmara.

"A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que disciplina a profissão de mercadólogo, que é o profissional que trabalha com Marketing, e o documento segue para o Senado. A redação final confere ao profissional da área a responsabilidade pelo planejamento e operacionalização de ações no mercado, com desempenho de atividades nos ambientes interno e externo de uma organização. O texto, que tem como relator o Deputado Luiz Fernando Faria, ainda indica quem poderá exercer a profissão.

O Projeto de Lei 1944/07, do Deputado Felipe Bornier, foi apensado à PL 1226/07 de autoria do ex-deputado Eduardo Gomes e desapensado em agosto desde ano em face do arquivamento do projeto original. O material passou por algumas emendas e alterações, mas uma década após a apresentação da proposição, não consta nenhuma citação ou regulamentação a respeito da área digital ou de atribuições relacionadas ao Martech – algo que diversos especialistas indicam como o futuro da área.

Nas poucas tecnologias ou aberturas para ferramentas que o documento traz constam como algumas atribuições a análise de geomarketing na distribuição dos produtos e serviços, com identificação de ameaças e oportunidades de mercado, da relação custo e benefício dessas escolhas, bem como dos meios e instrumentos a serem utilizados na distribuição. Além de responsabilizar o profissional pela definição de ferramentas de comunicação e de relacionamento a serem utilizadas no mercado interno eexterno, a fim de facilitar a produção e a gestão da informação.

A versão aprovada define ainda como mercadólogo os portadores de diploma de nível superior em Marketing, devidamente registrado, expedido por instituição brasileira de ensino superior oficialmente reconhecida ou diploma de nível superior em Marketing devidamente registrado, expedido por instituição estrangeira de ensino superior ou ainda os que, comprovadamente, já exerciam atividades da área até a data de publicação desta Lei.

Histórico
Apesar de o projeto em questão ser de 2007, o interesse na regulamentação da profissão completa 10 anos neste ano. Em 2005, a primeira proposta que versava sobre o tema foi de autoria do então deputado federal Eduardo Paes e ex-prefeito do Rio de Janeiro. Com a saída dele para assumir o governo municipal carioca, o projeto foi arquivado. Em 2007, o texto foi apresentado pelo então deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO). No mesmo ano, proposta semelhante foi apresentada por Bornier e começou a tramitar na Câmara. Após alerta ao Mundo do Marketing, o texto foi apensado ao projeto inicial.

O projeto que pode mudar a nomenclatura de Marketing para Mercadologia e intitula os profissionais da área como Mercadólogos estava parado desde 2015, mas antes disso chegou ficar outros três anos sem alterações, quando foi registrada a última movimentação na CCJC. Ele já passou por dois arquivamentos automáticos por conta do fim das legislaturas. A proposta gera discussão no mercado e, entre os destaques, aparece a eliminação de estrangeirismos, comuns na área.

O texto prevê ainda reserva de mercado, já que apenas profissionais formados em Mercadologia poderiam atuar no segmento. Em 2015, a pedido do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), um dos autores da proposição, o PL 1226/07 foi desarquivado e retomou da fase em que parou."


Na sequência, extraímos o texto do site do Senado, no ato da aprovação na Comissão de Assuntos Sociais, em 2019.

"O profissional de mercadologia, comumente conhecido como profissional de marketing, precisará do diploma de nível superior na área para exercer a profissão. É o que estabelece o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 103/2017, aprovado nesta quarta-feira (13) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta recebeu parecer favorável do relator, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e agora segue para votação no Plenário do Senado.

O projeto regulamenta a atividade e permite que continuem a exercer a profissão os trabalhadores que comprovadamente já atuavam na área até a data de publicação da lei que resultar de sua aprovação. Também elenca deveres dos profissionais de mercadologia, que incluem, além do respeito às mais “rigorosas regras éticas e de responsabilidade social”, a garantia do sigilo das informações e o planejamento e implementação de ações de mercado, com respeito ao Código de Defesa do Consumidor.

O texto define o profissional de marketing como responsável pelo planejamento e pela operacionalização de ações no mercado, com desempenho de atividades nos ambientes interno e externo de uma organização. Dentre as atribuições da profissão, destacam-se o planejamento e administração do endomarketing organizacional (marketing institucional interno); educação e treinamento das lideranças, cooperação nos processos de produtividade organizacional e de qualidade, captação de recursos para a organização (via financiamento, parceria, patrocínio, apoio ou doação), definição do posicionamento organizacional e administração da carteira de clientes e dos planos de venda.

Para o relator na CAS, a proposta “pode colaborar para a eficácia e efetividade dos direitos, inclusive com a responsabilização dos profissionais que atuarem contra as garantias mínimas e a dignidade humana dos outros”."

Desde então, este projeto aguarda a votação no plenário.
Importante lembrar que, juntamente com a regulamentação, segue-se a criação do Conselho Regional do setor, taxas, exames para registro, restrições, direitos autorais de projetos, etc. Muita coisa boa, mas também muita burocracia.
Recomendo severamente a leitura completa do Projeto de Lei para melhor compreensão das implicações de sua aprovação definitiva. 

domingo, 17 de janeiro de 2021

"A criatividade é a inteligência se divertindo."


Estou praticamente convencido por esta frase atribuída a Einstein e me identifiquei muito com ela.
O fato de imaginar o processo criativo como um "prazeroso e lúdico momento de lazer" da inteligência, explica muita coisa. Pelo menos para mim.

Curiosamente fiquei pensando como Einstein chegou a esta conclusão e, lendo um artigo do portal Fatos Desconhecidos, deparei-me com esta imagem acima que elucidou um pouco a questão: Einstein ao lado de Charlie Chaplin, dois ícones de seu tempo. 
Mas vamos ao que o texto do artigo diz:

"Charlie Chaplin e Albert Einstein eram, supostamente, fãs um do outro. A primeira vez que se encontraram foi em 1931, durante a estreia do filme "Luzes da Cidade", estrelado por Chaplin. Segundo a Fundação Nobel, o encontro entre os dois foi marcado pelo diálogo entre eles. Einstein elogiou Chaplin dizendo: "O que mais admiro na sua arte é a sua universalidade. Você não diz uma palavra, mas o mundo o entende!". Ao que Chaplin respondeu: "Verdade. Mas a sua glória é ainda maior! O mundo inteiro admira você, mesmo que eles não entendam uma palavra do que você diz.". Imagina a genialidade que foi esse encontro!"

Dizem que o filme conseguiu até tirar umas lágrimas de Einstein...
Creio que este pequeno episódio revela um pouco da sensibilidade do famoso físico e, certamente, sua percepção do processo criativo de Chaplin.
Mas uma coisa é certa: Ambos tinham um grande prazer naquilo que faziam, cuja inteligência coroava todo o processo criativo, transformando-os em ícones de sua geração.

Muito legal isso.

O que é o Marketing para o bem?

 


Uma das coisas que me fascinam no Marketing é o fato dele abranger toda a cadeia produtiva de um produto ou serviço, desde sua concepção inicial (uma simples ideia), até a análise do retorno de um consumidor. Isso envolve uma grande responsabilidade e, se não for feito com princípios focados no bem estar do ser humano, pode se transformar numa poderosa arma de manipulação e de "destruição em massa".

Não gostaria de me deter neste artigo sobre o que é o "marketing do mal", mas ele servirá como contraste ao compararmos algumas posturas comuns no mercado.
Não é preciso ser um grande entendido no assunto para ver com clareza o que rege o mundo dos negócios digitais... Tudo é focado em números e manipulação de dados, não para melhorar a vida das pessoas, mas para se conseguir o maior número de adesões e usuários a qualquer custo. 

Nada contra em se buscar um aumento de consumidores de um produto ou serviço, afinal, este é o alvo de todos que almejam um negócio promissor e sustentável. O problema aparece quando são utilizados meios que não levam em conta o bem estar do consumidor, tratando-o como mais um "peixe que caiu na rede". Se não prestar, é descartado. O que importa nestes casos é a capacidade de "pesca" da rede.
Na verdade, a busca por resultados rápidos e pela redução de custos, leva o produtor a utilizar de alguns meios bastante questionáveis. 

Fazer algo de qualidade dá trabalho, leva tempo e poucos se dispõe a isso. Pagar pela manipulação de alguns algoritmos é mais atrativo (e fácil) do que ir atrás do seu público consumidor, conhecendo-o com mais profundidade. Associando este tipo de postura à falta de transparência (muito comum em quem quer "pescar no atacado"), acaba levando ao "lado negro da força", ou seja, o respeito pelo consumidor e seu bem estar ficam em segundo plano. Quando disse que um marketing que não trabalha para o bem pode se tornar uma "arma de destruição em massa", me referi à forma pela qual as pessoas são manipuladas e influenciadas por um sistema que as trata apenas como números. 
Lembrando que o marketing é a forma como as empresas falam conosco, o objetivo é que fará a diferença.

Simon Sinek fez estas seguintes colocações (nem todos podem concordar com elas, mas não deixam de ser interessantes):

"O marketing do bem nos oferece uma visão do mundo.
O marketing do mal oferece um produto para comprar.

O marketing do bem começa com uma causa.
O marketing do mal começa com um objetivo.

O marketing do bem traz fidelidade.
O marketing do mal traz transações.

O marketing do bem promove valores.
O marketing do mal vende promoções.

O marketing do bem nos fala o que a empresa realmente pensa.
O marketing do mal nos fala o que a empresa quer que pensemos que eles pensam.

O marketing do bem nos seduz.
O marketing do mal nos atinge.

O marketing do bem nunca fala de preços.
O marketing do mal sempre fala de preços.

O marketing do bem usa os produtos para contarem uma história.
O marketing do mal sempre conta estórias sobre produtos.

O marketing do bem é sobre nós.
O marketing do mal é sobre eles.

O marketing do mal manipula.
O marketing do bem inspira."

Das definições acima, a que mais me identifico é com o marketing do bem que promove valores.
Valores que melhoram sua qualidade de vida e daqueles que estão ao seu redor.
A pressão das necessidades comerciais e de consumo são muito fortes e podem nos levar a esquecer certos princípios de valor eterno, mas precisamos zelar por manter um padrão de trabalho que realmente faça a diferença neste mundo. 
Se o único objetivo for ganhar dinheiro e a satisfação das cobiças humanas, o marketing do mal se mostrará mais atraente, porém destrói a relação de confiança do consumidor quando é descoberto (vale aqui a máxima bíblica de que nada há de oculto no mundo que um dia não seja revelado!).
Mas se desejamos algo mais duradouro e que marque de forma positiva a vida de todas as pessoas, o marketing do bem certamente é o melhor caminho.

Em tempo: Não confunda os termos "marketing para o bem" com "marketing social" que, apesar deste último mostrar atitudes do bem, nem sempre revela uma motivação para o bem. É muito comum a sua utilização apenas para auto promoção ou para se buscar o engajamento de pessoas numa organização. Mas uma coisa é certa: Todo marketing social precisa ser do bem. Aí sim, realmente terá valor social.

Espero que você tenha entendido esta visão.
Mais importante que os métodos, sempre será a motivação.
E se a motivação for correta, ela escolherá os melhores métodos e colherá os melhores frutos.


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